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terça-feira, 2 de abril de 2013

As 10 mentiras da Copa do Mundo de 2014


Nesse dia 1º de abril, o Dia da Mentira, relembre as dez das mais famosas mentiras envolvendo a Copa do Mundo de 2014. Mentiras que custaram, custam e custarão caro ao país:

1. Maioria dos investimentos será privada

Antes mesmo de o Brasil ser oficializado como sede do Mundial, em 2007, Ricardo Teixeira repetia em seus raros discursos uma tese: “Uma Copa bem organizada é aquela que tem recursos prioritariamente do setor privado”. Seis anos depois, o dinheiro público é, de longe, o principal financiador do Mundial.

2. O Governo não investirá na construção de estádios

O discurso repetido nos primeiros meses após a escolha do Brasil como sede da Copa era de que os Governos não iriam investir na reforma e construção de estádios – a ideia era que os gastos públicos fossem feitos em outras obras de infraestrutura. Hoje, 97% do dinheiro investido nas arenas é governamental.

3. As arenas construídas dentro do orçamento

Quando os primeiros orçamentos de construção e reformas de estádios para a Copa do Mundo começaram a aparecer, a lista assustava pelos valores altos – o Estádio Nacional, em Brasília, ficaria em torno de R$ 700 milhões, por exemplo. Seis anos depois, todos os estádios da Copa já estouraram a previsão de gasto inicial.

 
4. Estádios da Copa das Confederações prontos até dezembro de 2012

As recomendações da Fifa eram claras: os seis estádios para a Copa das Confederações deveriam estar prontos até dezembro de 2012; os que não estivessem, ficariam fora do torneio. Quando o ano passado acabou, apenas o Castelão havia sido inaugurado – mas o primeiro jogo só aconteceu no fim de janeiro de 2013.

5. O Monotrilho de São Paulo

Única obra prometida para a Copa do Mundo em São Paulo, o Monotrilho não ficará pronto a tempo para o Mundial. Depois de anos de construção e de atrasos, apenas em outubro de 2012 foi feito o anúncio de que não haverá tempo hábil para que a obra seja terminada antes do torneio.

6. Transporte público em Manaus

Quando foi anunciada como uma das 12 sedes da Copa do Mundo, Manaus apressou-se em mostrar um projeto revoluncionário de transporte público, que incluía a construção de um monotrilho e do BRT. Mas, alegando problemas burocráticos que atrasaram o início das obras, os governos estadual e municipal tiraram as obras da lista de encargos para a Copa.

 
7. O VLT de Brasília

Outra grande obra de estrutura de transportes anunciada com pompa foi o VLT de Brasília, O sistema de trens seria a solução para uma cidade que peca pela falta de boas opções para transporte público. A construção começou em 2007, mas parou em 2010 em meio a denúncias de corrupção. Em 2012, a obra saiu do caderno de encargos da Copa.

8. O ultimato da Fifa para a Copa das Confederações

O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, falou uma, duas, dez vezes: o estádio da Copa das Confederações que não estiver pronto até abril de 2013, ficará fora da competição. O prazo já era uma alteração com relação ao inicial, de dezembro de 2012, mas ainda assim não foi o bastante. O Maracanã só reabrirá em 28 de maio, segundo a última previsão.

9. Mudança na estrutura de aeroportos

A Copa seria uma ótima oportunidade para mudar a sucateada estrutura aeroportuária do Brasil. Durante os anos que se seguiram ao anúncio do país como sede do Mundial, todas as cidades – mesmo ainda na fase de candidatura às sedes – prometeram reformas, mas menos da metade de cumprir o planejado. Em Belo Horizonte, a reforma já foi reduzida para terminar antes do Mundial; em Curitiba, apenas 30% das obras estará pronta na época da Copa.

10. A Internet 4G

A tecnologia de acesso a internet e telefonia, que já existe em países da Europa e nos Estados Unidos, era uma das promessas para as 12 cidades-sede, devido à alta demanda durante a Copa do Mundo. Pouco mais de um ano antes do Mundial, especialistas em telecomunicações já apontam que não há mais tempo para que o sistema seja implantado em todas estas cidades antes do Mundial.

Sensacional matéria do Thiago Arantes para o espn.com.br.

E tem gente que critica quem enxerga a realidade por trás da Copa do Mundo. Mas, imagina a festa, né?
(Jean Vieria)

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