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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Como é difícil ser sincero


Quantas vezes nos deparamos com as verdades e mentiras que assistimos ou escutamos no nosso dia a dia? Alguns filósofos dizem que mentira e engano estão nos nossos genes, motores da nossa evolução. A verdade em muitos momentos dói e arde. A vida vai nos ensinando a separá-las e afastá-las neste mundo globalizado, tão diversificado, com variedades de tipos humanos, com grandes e pequeníssimas pessoas.

Muitos se revelam numa linguagem corporal, tom de voz, ganham requintes bem pensados. Tivemos inúmeros exemplos na recente campanha dos candidatos no primeiro turno. Claro que nós adulamos e sorrimos diariamente com olhar inocente para manter uma boa conduta com o próximo.

Como escreveu o jornalista Carpinejar: “A gente desconfia mais das verdades do que das mentiras. - e isso é um modo de inspirar novos enganos”.

Sempre quando pretendemos ser donos da verdade, de tudo, e de si mesmo, a impossibilidade nos alcança, ficamos restritos, acuados, impossibilitados. Sempre é difícil admitir culpas.

Quando somos sinceros com palavras, gestos, apontando verdades e caminhos, somos taxados de conservadores, altivos, querendo produzir impressão.

No aspecto dual, entre a verdade e a mentira, temos a sinceridade, que garante a liberdade do indivíduo. “Os românticos no século 19, no Brasil, eram eufóricos por liberdade, como Machado de Assis que escreveu: ”A mentira muitas vezes é tão involuntária como a respiração”. Também o português Fernando Pessoa numa das suas  citações: ”Não sei quem sou que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo“.

Por fim, acredito que a mentira jamais procede da verdade, mas ser sincero, dizer o que pensa em todas as questões relativas à vida, é difícil.

( Por: Eduardo Stein Teixeira, advogado - DP)

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