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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Falso até nas Redes Sociais

O que esperar de um político candidato que, para aumentar sua popularidade na internet, paga por perfis já consolidados nas redes sociais? O que esperar de um político candidato que, agindo assim, em outras palavras, mente ao seu público através das redes sociais? A eleição para as prefeituras e Câmaras de Vereadores se aproxima, algumas definições já aparecem, e essa nova “façanha” de nossos representantes foi apresentada ao Brasil.

Funciona assim. Na tentativa de conquistar mais votos e se mostrar com uma grande popularidade na internet, os pré-candidatos passaram a comprar perfis já estabelecidos. Tentam fixar junto ao eleitor uma imagem que não é verdadeira. Eles, então, mentem.


Reportagens publicadas no centro do país revelam que o serviço pode ser solicitado por um valor mínimo de R$ 400,00. Conforme o preço, o político garante 500 mil seguidores ou mais. A Justiça Eleitoral já descobriu o golpe e a maior consequência é a cassação de mandato. É crime porque o candidato passa a contatar um público desconhecido dele e “comprado". Especialistas destacam, contudo, para o aumento desse tipo de prática nos próximos meses, em função da proximidade das urnas.


A melhor maneira de combater um candidato mentiroso é não votar em seu nome e também denunciá-lo como um fraudador de perfis nas redes sociais. Quem, de uma hora para outra, aparece com milhares de seguidores, tem a obrigação de se explicar junto à sociedade. A comunidade da internet, aliás, pode ser a grande aliada na fiscalização e tornar público um modelo comprado.


De Pelotas, até a última segunda-feira, seis pré-candidatos à prefeitura variavam o número de seguidores no Twitter entre 561 e quatro mil. Um cenário aparentemente normal e sem irregularidades. Fácil de monitorar.


A campanha digital já está em prática em todo o Brasil. É a forma mais rápida e moderna de atingir milhares de pessoas em um único clique. A rede mundial não beneficiou apenas os candidatos. A própria Justiça utiliza a ferramenta para aumentar a consciência eleitoral dos cidadãos através de divulgações e noticiários. Ao mesmo tempo a www desafia quem deve ficar atento e fiscalizar os abusos previsto em lei. Ao contrário dos casos flagrados na rua, na internet a chance de uma proposta fora de época ou ilícita vigorar por meses, até ser descoberta, é grande. E talvez nem ser identificada.


Os candidatos enxergaram na internet uma mina de ouro. É barata e eficiente na sua amplitude do ponto de vista promocional. Mas nada supera a melhor forma de saber quem é o verdadeiro político: a conversa direta. Afinal, você já parou para pensar se é a mesma pessoa aquela que você segue nas redes sociais e aquela que senta na frente de um computador?

 (por: Editorial - Diário Popular)

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